O ex-policial militar Paulo César Alves Filgueiras, mais conhecido como Paulo “Escopeta”, foi morto na noite desta segunda-feira (18) em Jacobina, no interior da Bahia. Ele morreu durante uma ação de policiais civis que tentavam prendê-lo.
Também ex-integrante do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Paulo Escopeta era apontado pela polícia como um dos maiores assaltantes de bancos do país e aliado de José Francisco Lumes, o “Zé de Lessa”, chefe da facção BDM morto em 2019, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Polícia Civil, equipes da Depin (Dirpin/Oeste), 14ªCoorpin (Irecê) e Catti/Chapada foram até Jacobina para cumprir um mandado de prisão preventiva contra Paulo Escopeta, pela morte de um empresário de Irecê identificado como “Dudu”, vítima de latrocínio. O crime aconteceu em 20 de janeiro deste ano.
Latrocínio em Morro do Chapéu
O empresário foi assassinado e teve os pertences roubados em uma estrada vicinal na cidade de Morro do Chapéu. As investigações apontaram Paulo Escopeta como autor do latrocínio. O ex-policial vinha extorquindo Dudu, que foi atraído para o local do crime e morto.
O registro da ocorrência da coordenadoria indica que no momento do cumprimento judicial, Paulo Escopeta foi interceptado quando transitava de carro em uma das principais avenidas de Jacobina, entre os bairros Catuaba e Jacobina 2, por volta das 19h50. Ele teria efetuado tiros contra as equipes da Policia Civil, que revidaram. O ex-policial foi baleado e não resistiu aos ferimentos.
Um revólver calibre 38 com duas munições deflagradas e quatro intactas foi encontrado com o suspeito. Ainda segundo a PC, após a morte, na casa de Paulo César Alves, os investigadores encontraram durante cumprimento do mandado de busca e apreensão mais um revólver calibre 38, várias munições, uma balaclava e porções de maconha. O material foi encaminhado para a delegacia de polícia.
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Natural de Irecê, Paulo Escopeta estaria em Jacobina a serviço de um grupo miliciano. Quando integrava o Baralho do Crime foi preso em 2011, acusado de sequestro e homicídios.
Roubo no Paraguai
A polícia acredita que ele tenha participado de mais de dez assaltos contra instituições financeiras. Escopeta foi preso novamente em 2017, na cidade de Capitã Bado, no Paraguai, acusado de participar do maior roubo daquele país, quando o grupo criminoso levou U$ 120 milhões de uma transportadora de valores.
Conhecido e temido por sua frieza e crueldade, Paulo Escopeta foi beneficiado com liberdade domiciliar em outubro de 2024. No momento em que foi morto usava tornozeleira eletrônica.
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