Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) aponta que os mais ricos e escolarizados no Brasil foram os que menos contraíram Covid-19 em relação aos pobres.
Os estudos apontam que áreas pobres no país e bairros da periferia de São Paulo chegaram a ter três vezes mais mortes causadas pelo coronavírus do que outras regiões. De acordo com dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) elaborados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) Social, 28% dos membros da classe A/B renda domiciliar superior a R$ 8.303 puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia. Nas classes D/E renda até R$ 1.926, apenas cerca de 7,5% tiveram essa opção. Na classe C que ganhou destaque nos anos 2000 e tem renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303, somente 10,3% fizeram isso.
“Os trabalhadores mais pobres são os que mais precisam sair de casa para conseguir renda. Trabalhar em ‘home office’ é um privilégio das classes A e B, onde estão os empregadores, trabalhadores da ciência ou intelectuais, dirigentes e funcionários públicos”, disse ao jonal Folha de S.Paulo, Marcelo Neri, diretor da FGV Social.
Após a divulgação, o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, questionou o critério utilizado para a vacinação na Bahia. "Sempre preocupei-me com esse FATO. A lista de prioridades de vacinação não pode ser apenas a tradicionalmente usada na Influenza. Temos que inserir um componente SOCIAL", falou.
Fonte: redes sociais/Twitter Fabio Vilas-Boas//LC