Uma tecnologia que esteriliza mosquitos por meio da exposição à radioatividade é uma nova arma dentro dos esforços para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus.
A proposta vem do órgão das Nações Unidas que coordena energia nuclear, a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), e deverá ser debatida em um encontro em Brasília nos dias 22 e 23 deste mês.
Segundo o vice-diretor da organização e chefe do departamento de Ciências Nucleares e Aplicações, o brasileiro Aldo Malavasi, a agência da ONU está oferecendo a transferência de conhecimento e espera ver a aplicação da técnica dar resultado dentro de um ano após sua adoção.
Na esterilização proposta pela Aiea, os mosquitos machos do Aedes aegypti são expostos à radiação eletromagnética ionizante de raios gama. A radiação danifica aleatoriamente o material genético contido no sêmen do inseto, gerando infertilidade. Quando os machos irradiados acasalam com as fêmeas, os filhotes gerados são ovos que não vingam.
