Saúde

Sem ‘Príncipe Maluco’ e ‘Capeta’, Carnaval de Salvador tem menos casos de alcoolismo

Pela primeira vez, o número de agressões físicas passa o número de casos de intoxicação alcoólica no Carnaval de Salvador.

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Sem ‘Príncipe Maluco’ e ‘Capeta’, Carnaval de Salvador tem menos casos de alcoolismo

 

Pela primeira vez, o número de agressões físicas passa o número de casos de intoxicação alcoólica no Carnaval de Salvador. De acordo com o secretário municipal de Saúde, José Alves, até o momento, a pasta registra 517 casos de agressões físicas e 475 casos de intoxicação alcoólica. Isso não quer dizer, segundo Alves, que o número de agressões físicas, comparadas a 2016, cresceram. Pelo contrário, registra que houve 24% de queda comparado ao ano passado. Sobre o número de alcoolemia, ele atribuiu a redução a retirada dos circuitos a venda de bebidas artesanais conhecidas como “Príncipe Maluco” e “Capeta”. A proibição da venda dessas bebidas, segundo o gestor, faz com que o índice de embriaguez caísse 9% neste ano. Até 2013, José Alves diz que os homens correspondiam a 70% dos casos de intoxicação alcoólica, e que, desde então, as mulheres passaram a ter acesso a bebidas adocicadas. “A própria indústria tem bebidas que imitiam cerveja, imitam vodca, que distribuem no caminhão no circuito, e a utilização de bebidas associadas a whisky, bebidas quentes, e bebidas menos refrescantes, faz com as mulheres acabam consumindo mais esse tipo de bebida. Também tem a própria resistência física do homem que acaba sendo maior durante o percurso”, justifica. Ele ressalta que as bebidas quentes têm mais álcool do que a cerveja, e por isso, as mulheres acabam se embriagando mais rápido. A pasta registrou mil atendimentos a menos em relação ao ano passado. Até o momento, foram registrados 4029 atendimentos, enquanto que, no mesmo período em 2016, foram 5236 registros. Em todos os postos, o número de atendimentos caiu, exceto no posto da Barra, que tem crescido em relação a 2016. As agressões físicas registradas são de pouca gravidade. Também houve decréscimo no número de atendimentos ortopédicos, de cerca de 23%, assim como procedimentos cirúrgicos, que registra queda de 18%. Alves diz que o número reflete o índice de queda de agressões físicas. A pasta também registrou a transferência de 137 pessoas para outras unidades de Saúde, como a UPA dos Barris. O caso mais grave foi uma queda próximo ao Shopping Barra, com exposição da calota craniana. Segundo o gestor, o paciente passa bem. Houve agressões com faca e canivete próximo ao Teatro Castro Alves, e com arma branca no Morro do Gato.

(Bahia Notícias) (AF)