Primeira do mundo a ser declarada livre do sarampo, a América agora tem oito países com notificação da doença. Em 2017, eram quatro.
Foram 185 casos só nos três primeiros meses de 2018, diz a Organização Mundial de Saúde. No mesmo período de 2017, a OMS registrava 22 casos (mais muitos casos na Venezuela ainda não tinham sido confirmados).
Nesse ano, a Venezuela puxa maior a parte das notificações, com 159 delas. Em seguida, estão os Estados Unidos, com 11 casos. Depois, vem o Brasil, com oito casos importados da Venezuela.
Os outros 5 países com casos são: Antígua e Barbuda (1 caso), Canadá (3), Guatemala (1), México (1) e Peru (1).
Em 2017, a região apresentou 272 casos confirmados no total: Argentina (3), Canadá (45), Estados Unidos (120) e Venezuela (104).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os casos em Antígua e Barbuda e na Guatemala foram importados, respectivamente, do Reino Unido e da Alemanha. Os casos no Canadá e nos Estados Unidos também são importados ou associados à importação.
A Europa enfrenta um crescimento vertiginoso do vírus, com um aumento de 400% em 2017. Analistas acreditam que imunização falha e a onda antivacina puxam o surto.
Já na Venezuela, a entidade aponta que 82% dos casos confirmados foram registrados no estado de Bolívar, com a maior parte deles no município de Caroni. Em crise econômica, o país enfrenta inúmeros problemas em seu sistema de saúde, como a falta de medicamentos.
Casos no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, todos os oito casos ocorreram em Roraima e em venezuelanos que não tinham tomado a vacina na Venezuela. Há uma campanha de vacinação antisarampo em no estado, que vai até o dia 10 de abril.
O público-alvo é a população não vacinada, na faixa etária de 6 meses a 49 anos de idade, que vive atualmente no estado.
G1 // ACJR