O programa Toda Hora, da Salvador FM, recebeu a psicóloga Bárbara Guimarães na manhã desta segunda-feira (17). Durante a entrevista, a profissional falou de saúde mental e destacou as profissões que mais precisam de cuidados.
A psicóloga, portanto, explicou que os bancários, profissionais de saúde, de educação e da segurança fazem parte das principais categorias que precisam de um cuidado maior com a saúde mental no ambiente de trabalho.
Dessa forma, essa necessidade se dá por causa de fatores diversos, como sobrecarga de trabalho, atividades repetitivas e demanda psicológica.
“Os bancários, que precisam bater metas, e têm atividades repetitivas. Têm uma carga horária que vai saciar, só trabalha 6h, mas fazendo o que e como? Profissionais de saúde, a gente viu isso na pandemia, a sobrecarga e toda demanda que envolvia os riscos para eles e para os pacientes. Antes da pandemia, estudos já diziam que era uma categoria adoecedora. Profissionais de educação, estão […] e tem uma categoria que não é muito visibilizada em termos de estudos por causa da questão corporativa, que é a da segurança”, destaca Bárbara Guimarães.
Como identificar o colaborador com depressão ou ansiedade?
Uma parte importante no processo em prol da saúde mental é a identificação de sintomas iniciais. Dessa forma, a psicóloga Bárbara Guimarães alertou para alguns desses sintomas, entre eles estão o esquecimento, cansaço, facilidade de adoecer e estresse constante.
“Tem algumas coisas, por exemplo, a pessoa esquece. Então vai ter lapso de memória, o cansaço, o adoecimento, que às vezes não é decorrente da saúde mental, mas a pessoa fica, notadamente, muitas vezes afastada por gripes, resfriados. É uma sequência de várias coisas que muitas vezes não tem a ver com o biológico, mas é o psíquico afetando. A imunidade baixa, a pessoa fica estressada”, alerta a psicóloga.
Saúde mental no ambiente de trabalho
A Bahia foi o estado do nordeste com maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 2024. Assim, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a ansiedade provocou 4.517 afastamentos do mercado de trabalho no estado ao longo do ano passado. Além disso, a depressão foi o motivo de 3.313 licenças.
Diante dos dados preocupantes, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) exigiu, portanto, que todas as empresas brasileiras para criem mecanismos internos que identifiquem e combatam o estresse, assédio e carga mental excessiva no ambiente de trabalho. A exigência passa a ser cobrada a partir do dia 26 de maio de 2025.
Além disso, a saúde mental passa a integrar os relatórios de risco ocupacional e as empresas devem garantir que os colaboradores não adoeçam emocionalmente devido ao trabalho.
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