Saúde

Procura por 'gripários' em Salvador aumentou 80% nos últimos 15 dias

Os centros têm capacidade para atender até 300 pessoas por dia

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A procura pelas cinco unidades especiais para atender pacientes com sintomas de doenças respiratórias, apelidadas como "gripários", em Salvador aumentou 80% nos últimos 15 dias, segundo informação do coordenador de urgência da capital baiana, Doutor Ivan Paiva.

As unidade de saúde foram criadas pela prefeitura entre os meses de maio e agosto. Equipados com leitos de enfermaria e também de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para casos mais graves, os centros têm capacidade para atender até 300 pessoas por dia.

"Já há indícios do aumento do número de casos novos, em que pese a mortalidade tenha se mantido dentro da estabilidade, mas estamos atentos para entender se é uma coisa que vai aumentar e vai se sustentar em níveis elevados, ou é um aumento temporário. Só com o tempo nós poderemos perceber", disse Ivan Paiva.

Nesta terça-feira, a prefeitura entregou, no Terminal Náutico de Salvador, no bairro do Comércio, 19 novas ambulâncias e uma lancha para ampliar o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no município.

Os veículos se somam a outros 41 para dar suporte aos "gripários". As ambulâncias são usadas para levar os pacientes dos centros para os hospitais de referência.

Salvador concentra 24,59% dos casos de Covid-19 na Bahia. Com a aceleração dos casos, a prefeitura decidiu retomar algumas ações de combate à doença nos bairros da Pituba e Brotas a partir de quarta-feira (2) e anunciou também a reativação de leitos exclusivos para Covid-19.

No Hospital Municipal, dez leitos foram reabertos nesta terça-feira. Com isso, a unidade volta a operar com a mesma capacidade de quando a cidade registrava o pico da pandemia: 20 leitos.

"Vamos iniciar o trabalho de higienização de ruas, distribuições de máscaras e aplicações dos testes rápidos com aquelas unidades volantes”, disse o prefeito ACM Neto.

Para o secretário estadual de saúde, Fábio Vilas-Boas, o crescimento atual de casos é mais grave do que no começo na pandemia.

“O sistema está duplamente pressionado pela volta à quase normalidade que algumas pessoas estão encarando e a Covid-19 voltando acontecer. O nosso sistema hoje está mais pressionado do que esteve no começo do ano. Nós estamos articulando abertura de diversos leitos em hospitais em que havíamos fechado leitos por absoluta falta de necessidade temporária, esses leitos estão sendo reativados aqui na capital e no interior para nós podermos enfrentar tanto a Covid-19 quanto a epidemia do dia-a-dia, que é principalmente de acidentes", revelou o secretário.

G1 BA // IF