Saúde

Pesquisa da UFMG aponta mais de 200 bebês com anticorpos contra a Covid-19

Mais 236 bebês que nasceram com anticorpos para a Covid-19 apenas em Minas Gerais. No levantamento estimasse que esse número se quadriplica em relação a todo país

Reprodução/Agência Brasil
Reprodução/Agência Brasil

Uma pesquisa fixa e mensal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lançada nesse domingo (29), identificou mais 236 bebês que nasceram com anticorpos para a Covid-19 apenas em Minas Gerais. No levantamento estimasse que esse número se quadriplica em relação a todo país.

Segundo informações da diretora, Cláudia Lindgren, do Departamento de Pediatria da instituição, a pesquisa é realizada a partir da coleta de sangue durante o teste do pezinho. E o número corresponde apenas entre os bebês nascidos do dia 19 de abril a 16 de agosto.

Ainda de acordo com a professora da universidade o objetivo do estudo é acompanhar o impacto da doença no desenvolvimento infantil.

"A presença dos anticorpos confirma que eles foram expostos à infecção durante a gestação. Por outro lado, a gente não sabe que tipo de repercussão a longo prazo isso pode ter no desenvolvimento deles", explicou a coordenadora do trabalho.

No entanto, Lindgren relata que mesmo os bebês reagentes ao vírus no nascimento ainda apresentaram anticorpos contra Covid-19 após 3 meses.

"A novidade que temos no momento é o resultado dos testes sorológicos realizados aos 2 meses. Cerca de 50% dos bebes reagentes ao nascimento ainda tinham anticorpos contra o coronavírus 2 a 3 meses após o parto", disse.

A pesquisadora ainda ressalta que a confirmação dos anticorpos não é uma garantia de que o bebê é 100% imune ao coronavírus.