Um estudo realizado pelo Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina, aponta alta eficácia da vacina russa Sputnik V contra a variante brasileira do coronavírus, identificada pela primeira vez em Manaus, no Amazonas. De acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (24), a Sputnik apresenta uma alta resposta imunológica nas pessoas vacinadas.
“O estudo realizado na Argentina confirmou a alta eficácia da vacina 'Sputnik V' contra novas cepas de coronavírus. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a usar a 'Sputnik V' para vacinar a população. Agora vemos que o uso do medicamento ajuda a proteger a população não só contra as conhecidas, mas também contra novas variantes do vírus, inclusive a brasileira. Uma forte resposta imunológica se forma já após receber a primeira dose da vacina”, declarou Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).
O estudo confirmou que a imunidade ao vírus desenvolvida em pessoas vacinadas com o imunizante russo permite que a cepa brasileira seja neutralizada tanto no caso de receber duas injeções quanto após a primeira. Com base na análise de dados de incidência de coronavírus entre russos vacinados com os dois componentes do medicamento no período de 5 de dezembro de 2021 a 31 de março de 2021, a vacina Sputnik V tem eficácia de 97,6%.
A vacina russa é baseada em uma plataforma comprovada e bem estudada de vetores adenovirais humanos que causam o resfriado comum e que a humanidade tem enfrentado por milênios. A segurança, eficácia e ausência de efeitos negativos de longo prazo das vacinas de adenovírus foram comprovadas em mais de 250 estudos clínicos ao longo de duas décadas. A Sputnik V está registrada em cerca de 66 países, não incluindo o Brasil, até o momento.