Enquanto 45% da população brasileira tem apenas a primeira dose contra a Covid, Ministérios Públicos de ao menos sete estados acompanham casos de pessoas que burlaram o processo de vacinação e tomaram uma terceira aplicação, o que pode ser considerado crime. As informações são do jornal O Globo.
Pelo menos quatro estados registraram casos de pessoas “revacinadas” após as duas doses de praxe. Este número pode ser maior, já que muitas denúncias não chegam aos órgãos de saúde e para que sejam investigadas e que as pessoas sejam punidas pelas irregularidades.
Um dos estados com mais casos conhecidos é Minas Gerais, onde o Ministério Público entrou com ação contra um casal de Belo Horizonte que foi imunizado três vezes. Depois de tomarem duas doses de CoronaVac na capital, eles viajaram para Rio Novo, onde têm uma fazenda e foram revacinados, com uma dose da Pfizer. O MP quer impedir que o casal tome a segunda dose da Pfizer, ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de R$ 1 milhão.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) encontrou registros de que ao menos 29.570 pessoas em todo o país receberam pelo menos três doses de vacina. A análise considerou dados abertos do Ministério da Saúde até 24 de junho.
Vale ressaltar que o ato pode ser enquadrado como tentativa de fraude e estelionato. As punições podem incluir multa e até prisão.