O Ministério da Saúde segue em tratativas junto a entidades internacionais e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) para a compra de vacinas e antivirais para o tratamento da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. O Brasil já adquiriu 50 mil doses do imunizante via OPAS/OMS, que coordena junto ao fabricante, de forma global, a aquisição e a ampliação do acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida será de vírus não replicante. Em relação à compra de tratamentos, o Brasil negocia via OPAS/OMS e também com o fabricante, o antiviral Tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto da doença. O antiviral é indicado para casos graves, com autorização para uso compassivo.
Em um primeiro momento, apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados. Isso porque não existe por parte da Organização Mundial da Saúde recomendação para vacinação em massa para a varíola dos macacos. “Se houver indicação para imunização em massa em algum momento, para se ter vacina em escala, tem que existir outros parques fabris com capacidade para produzir essas doses”, destacou o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ao citar a limitação de produção em grande quantidade.
Com a aprovação de uma norma pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que prevê a dispensa do registro para importação, o Ministério da Saúde poderá solicitar à Agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados no exterior, em condições específicas, para a prevenção ou tratamento da varíola dos macacos.
O controle da doença é prioridade para o Ministério da Saúde, que realiza constante monitoramento da situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil. Com a evolução do cenário epidemiológico da doença no País, a pasta ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) com o objetivo de organizar a atuação do SUS para resposta coordenada à doença, com a elaboração do Plano Nacional de Contingência para Monkeypox.