Saúde

'Não será comprada', diz Bolsonaro sobre vacina Coronavac

Ministério da Saúde assinou na terça intenção de adquirir 46 milhões de doses de fórmula desenvolvida

NULL
NULL

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Adriana Machado/Reuters

Menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina candidata contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou nesta quarta-feira que o imunizante contra o novo coronavírus "não será comprado" pelo governo brasileiro. A informação foi publicada em rede social.

CoronaVac: 7 perguntas para entender a vacina do Butantan

"A vacina chinesa de João Dória: para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA. O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM", disse, acrescentando:

"Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina".

Segundo aliados, o presidente também enviou mensagens afirmando que não iria comprar "uma só dose de vacina da China" e que se governo "não mantém qualquer diálogo com João Doria na questão do Covid-19".

Lauro Jardim: Pazuello na mira de Bolsonaro: 'quer aparecer, como o Mandetta'

Mais cedo, Bolsonaro respondeu a um usuário que criticava o acordo entre o governo brasileiro e a empresa chinesa, afirmando que a vacina "não sera comprada".

"Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa", comentou o usuário, ao que o presidente respondeu:

"NÃO SERÁ COMPRADA", em caixa alta.

A mensagem foi enviada a ao menos outros dois usuários que criticavam o acordo e Pazuello. Em duas das respostas, o presidente disse ainda que "tudo será esclarecido hoje".

 

Reprodução: O Globo

da Redação do LD