Saúde

Ministério da Saúde suspende contrato da Covaxin

O contrato assinado, previa a importação de 20 milhões de doses

Reprodução/Bharat Biotech
Reprodução/Bharat Biotech

O Ministério da Saúde irá suspender o contrato da Covaxin. Após polêmicas envolvendo o contrato da vacina indiana intermediada pela farmacêutica Precisa Medicamentos, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”, à jornalista Rachel Varga, da CNN Brasil.

Ainda segundo Queiroga, “o Ministério da Saúde proibiu uma análise da PGR [Procuradoria Geral da República] sobre o contrato da Covaxin. A vacina não tem autorização para uso. O contrato fica suspenso, a análise vai continuar sendo feita para só depois ser tomada uma decisão”, disse, complementando ainda que em cerca de 10 dias a análise será concluída.

O ministro da Corregedoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, confirmou que “no parecer preliminar não foi encontrado nenhuma irregularidade mas há uma denuncia de uma suposta corrupção envolvendo o contrato e o ideal é suspender”, finalizou.

O contrato assinado pelo Brasil, para o recebimento das doses da Covaxin previa a importação de 20 milhões de doses do imunizante, desenvolvido pela indiana Bharat Biotech. Apesar de assinado em fevereiro deste ano, as doses não haviam sido enviadas ainda ao país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou pedidos de importação do imunizante, que não atendia aos critérios técnicos.

A vacina Covaxin se tornou uma questão política, e uma das principais frentes de trabalhao da CPI da Covid, após o depoimento de Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor da área de importação do Ministério da Saúde, e de seu irmão deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) à comissão, na última sexta-feira (25).