Saúde

Ministério da Saúde não sabe quantos dados foram perdidos com invasão hacker

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considerou o ataque "uma atitude criminosa" e cobra para que os responsáveis sejam identificados e punidos

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Após o ataque de hackers que aconteceu na madrugada desta sexta-feira (10) ao site do Ministério da Saúde, a pasta afirma que ainda não tem dimensão de quantos dados foram perdidos com a invasão. Em entrevista à imprensa na tarde de sexta, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, destacou que é muito cedo para afirmar categoricamente quantos documentos e informações não poderão ser recuperados.

Segundo ele, o Ministério da Saúde conta com um sistema de backup para armazenar em nuvem os dados do site, mas o secretário não confirmou se a ferramenta conseguiu preservar todo o conteúdo da página.

"A gente está finalizando as investigações. Tanto a gente quanto a empresa contratada, que hospeda os dados, tem uma política de backup. Ao importar esses dados, alguns deles podem se corromper", pontuou Cruz.

Ele disse ainda que a pasta "está trabalhando intensamente para restabelecer da forma mais rápida possível" para restabelecer as informações sobre o comprovante de vacinação, mas não deu um prazo de quando a página deve voltar ao ar.

"É muito cedo para dar uma estimativa de prazo. Não temos, ainda, informações precisas, mas assim que tivermos uma posição da equipe de tecnologia, informaremos a todos”, ressaltou.

De acordo com o ministério, o incidente comprometeu temporariamente alguns sistemas como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que seguem indisponíveis até o momento.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Polícia Federal foram acionados pela pasta para apoiarem nas investigações. Segundo o ministério, o Datasus (Departamento de Informática do SUS) está atuando com a máxima agilidade para o restabelecimento das plataformas.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considerou o ataque "uma atitude criminosa" e cobra para que os responsáveis sejam identificados e punidos.