O presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), Marcos Sampaio, avalia que o decreto que libera eventos para até 5 mil pessoas, prorrogado pelo governador nesta terça (21), deveria ser suspenso ou restrito nas cidades baianas com surto de gripe e com sistema de saúde em pré-colapso.
O CES-BA é um órgão autônomo que fiscaliza as políticas públicas do SUS na Bahia e o presidente se diz preocupado com a falta de vacinas, unidades e profissionais da saúde disponíveis nesta época para atender a demanda de gripe somada à de covid-19, que vem gerando novos casos após a chegada da variante Ômicron.
“Sabemos que o período do fim de ano movimenta muito o mercado de festas e elas ainda representam um risco porque geram aglomerações e ainda não temos vacina adaptada para a cepa H3N2 da gripe e a variante Ômicron, da covid-19, escapa das vacinas disponíveis contra a doença”, disse.
Marcos Sampaio sugere que seja acrescentado um complemento no decreto para restringir a flexibilização nos municípios com quadro de superlotação de unidades básicas de saúde e com indisponibilidade de profissionais para contratação.
“Gripe também mata e a covid-19 continua matando. A prioridade, neste momento, deve ser salvar vidas. Cautela para liberação de eventos até que a situação se normalize, é o que precisamos”, completou.