Por: Larissa Couto e Jorge Ribeiro
Imunizantes contra Covid-19 dos laboratórios Johnson & Johnson e AstraZeneca foram suspensos em alguns países, após apresentarem alguns casos de coágulos sanguíneos em pacientes vacinados. O ouvinte Everton do bairro de Águas Claras questionou ao Ligação Direta sobre a eficácia das vacinas, ao programa Ligação Direta.
O repórter Jorge Ribeiro conversou com a infectologista e diretora geral do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes para explicar as reações que um imunizante pode causar. “A grande maioria das reações vacinais são reações leves que podem acontecer inclusive com outras vacinas e é importante saber que todas as vacinas da Covid-19 passaram em um processo muito rigoroso apesar do tempo curto, até chegar a aprovação para uso da população”, falou.
No Brasil foram registrados 47 casos de coagulação para 4 milhões de doses administradas da vacina da Oxford. Diante das ocorrências, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou em nota que o risco é “baixíssimo de letalidade.”
A infectologista destacou a eficácia da vacina nas formas variantes do vírus. “Muitas variantes surgiram, mas o que a gente não sabe ainda é se isso vai ter alguma interferência na eficácia da vacina. Até agora, as vacinas estão se mostrando eficazes também nas variantes”, salientou.
Nunes também falou sobre a reinfecção em pessoas que já tomaram as duas doses da vacina. “Nenhuma vacina é 100% efetiva para proteger da doença. Todas as vacinas são excelentes, mas elas têm uma eficácia geralmente de 85% ou mais. As de Covid-19 algumas tem a eficácia mais baixa. Na grande maioria das vezes que já se vacinaram, se tiverem algum quadro, vai ser um quadro leve”, informou.
Com a vacinação contra a gripe, a infectologista orienta como as pessoas devem proceder na hora de se vacinar contra a gripe e também contra a Covid-19. “São vacinas diferentes, as pessoas podem tomar e a única orientação que se tem é o intervalo de 14 dias entre as doses. Inclusive se a pessoa tomou a vacina da Oxford, o intervalo é de 3 meses, mas você pode tomar no meio, entre uma dose ou outra, contanto que se tenha 14 dias de tempo entre as duas”, falou.
A infectologista lembrou também que para estar protegido é preciso se vacinar. “É preciso tomar as duas doses e depois de 15 a 20 dias, a possibilidade de ter a doença é muito baixa, mas você ainda pode ter Covid-19 leve”, destacou.