Um mapeamento feito pelo Instituto Butantan e divulgado nesta quarta-feira (16), identificou a circulação de 19 variantes do coronavírus no estado de São Paulo. A predominância é da mutação P.1, nomeada Gamma e identificada originalmente em Manaus no início deste ano.
A instituição lançou nesta quarta (16), o boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes, que será atualizado semanalmente com o objetivo de detectar as cepas em circulação. O estudo feito com dados recolhidos de casos confirmados no estado até o dia 29 de maio, a P.1 predomina em todas as regiões do estado e representa 89,9% das infecções. Por causa da sua velocidade de transmissão, ela é tida por especialistas como um dos motivos para a segunda onda da pandemia, entre fevereiro e março.
Além da P,1, outras duas mutações também foram encontradas na estado, mas com presença menor. A Alfa, originada no Reino Unido, representa 4,2% das infecções e a Beta, da África do Sul, apenas 3,5%. A variante Delta, indiana, não foi identificada.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que o instituto separa, semanalmente, um percentual das amostras positivas para análise. "Então normalmente se escolhe uma amostra significativa por região do estado de SP e se faz o sequenciamento genético. Com isso, é possível acompanhar a evolução das variantes", declarou, durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes.