Saúde

Infectologista alerta sobre sintomas, prevenção e transmissão da varíola dos macacos

Médico foi o convidado desta terça-feira (31) do programa Ligação Direta

Reprodução/Youtube
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Passado os piores meses da Covid-19, a população tem uma nova preocupação: a varíola dos macacos. Nas redes sociais estão sendo compartilhadas fotos de peles lesionadas, decorrente da doença e, para tirar as dúvidas sobre prevenção, sintomas e formas de transmissão, o programa Ligação Direta da rádio Salvador FM conversou com o infectologista Igor Brandão.

Segundo Brandão, os sintomas iniciais são respiratórios e, apenas depois evoluem para o estágio de lesões. “O paciente pode ter um pouco de nariz escorrendo, febre e tosse, evoluindo com lesões na face, na pele, inicialmente vermelho, depois evoluindo com pústulas como se fosse espinhas, e então ela dissemina pelo corpo como se fosse uma catapora. Uma coisa que marca também essa doença é que os linfonodos ficam um pouco aumentados”, explicou.

De acordo com ele, a transmissão é parecida com a Covid-19 e, por isso, é importante que o uso de máscaras permaneça fazendo parte da rotina da população. “É importante que as pessoas utilizem máscaras e, se tiverem doentes, não saiam de casa. Mas também pode ser transmitida por forma de contato. A pessoa que teve essa doença, que esteja com essas lesões de pele, em contato com outra pessoa, pode passar a doença”, enfatizou Igor. ”Não tem necessidade de proteção especial com máscara tipo N95. A máscara pode ser cirúrgica ou a de pano”.

Apesar de não descartar a possibilidade de uma nova pandemia,  ele afirma que não há necessidade de preocupações excessivas. No entanto, pede cautela da vigilância sanitária nos aeroportos. “É uma doença que, de longe, tem uma mortalidade e uma transmissibilidade muito menor do que a covid-19 […] Tem que ficar atento para fazer a vigilância dos viajantes, as pessoas que estão viajando principalmente na Europa, na África”, reforçou.

Apesar de já existir uma vacina contra varíola, Igor explicou que a imunização não faz parte do calendário vacinal. “Parece sim que a vacina contra a varíola humana protege o indivíduo a respeito da varíola dos macacos. Acontece que, a vacina contra a varíola humana, como ela foi uma doença erradicada, não faz mais parte do calendário nacional de imunização. Mas o poder público, a Organização Mundial da Saúde pode, nos próximos meses, semanas, começar a rever essa questão de proteção, começar a aumentar a produção das vacinas contra a varíola humana”.