Desde o mês de março, o Hospital da Mulher (HM), no Largo de Roma, em Salvador, oferece procedimentos cirúrgicos de cabeça e pescoço. Para divulgar o serviço, no próximo sábado (16), a partir das 7h, será realizado um mutirão de triagem para cirurgias e punção aspirativa na tireoide. Serão atendidas 250 mulheres que já possuem guia de consulta com um cirurgião. Quem não conseguir atendimento neste dia, será cadastrada e atendida no dia 7 de julho. Além da requisição médica, é necessário levar carteira de identidade (RG), cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e exames de imagem (se houver).
“O HM, junto com a Secretaria da Saúde do Estado [Sesab], vem com essa preocupação em ampliar os nossos serviços de atendimento e, durante essa análise, foi proposto que nós tivéssemos um serviço de cirurgia de cabeça e pescoço para tratamento da tireoide”, explicou o diretor médico do HM, Paulo Sérgio Andrade. O mutirão tem o objetivo de divulgar o serviço e acelerar o atendimento dos casos. “Essa já é uma demanda reprimida muito grande que existe ao longo de anos por falta de serviços que pudessem atender pacientes com este tipo de doença. Foi com essa preocupação que o Governo do Estado ampliou este serviço no HM”, acrescentou.
Membro da equipe multidisciplinar do hospital, o cirurgião de cabeça e pescoço Lucas Silva conta quais têm sido os casos mais comuns. “Bócio da tireoide (o nódulo) é uma coisa muito comum em mulheres acima de 40 anos. A incidência é muito grande. Nos casos dos nódulos volumosos, é indicado o tratamento cirúrgico. A partir daí,o cirurgião faz a retirada total ou parcial da glândula”, relatou.
A auxiliar de produção Silene Silva é a sétima pessoa da família a retirar a tireoide. Desde 2013, a moradora de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), monitorava a evolução de um nódulo benigno na glândula. Operada há 17 dias, ela aguardava a consulta de revisão nesta quarta-feira (13). “É muito importante cuidar da sua tireoide porque é ela que faz tudo no nosso corpo. Infelizmente, eu tive que tirar a minha, mas eu estou muito grata por ter a oportunidade de ter tirado”, afirmou.
Já Luzia Barros veio de Iraquara, na Chapada Diamantina, para a primeira consulta com o cirurgião. Encaminhada por um posto de saúde do município, por causa de um nódulo no pescoço, a lavradora de 54 anos vai precisar passar por exames para obter um melhor diagnóstico e direcionamento do tratamento. “Graças a Deus, já estão encaminhando meus exames, se for o caso de operar. Para mim foi tudo ótimo [no atendimento] até o momento", declarou.
Secom // AO