Saúde

Feira de Santana registra aumento no números de crianças com síndromes gripais

De acordo com especialista, a mudança climática cria uma ocasião propícia para a circulação de vírus, sobretudo com o retorno das aulas

Ed Santos/Acorda Cidade
Ed Santos/Acorda Cidade

O número de crianças que receberam atendimentos acometidas por síndromes gripais aumentou no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana. De acordo com os dados da unidade, 1.185 crianças deram entrada na emergência em fevereiro, 2.096 em março, 2.138 em abril 2.138 e 648 apenas nos primeiros oitos de maio. As informações são do site Acorda Cidade.

“Mesmo se a gente for comparar com os outros anos, a gente vai ver que existe realmente uma diferença importante de aumento de casos. A gente costuma dizer que de março a agosto são os meses que os pediatras mais trabalham na emergência. Foram 100% de aumento dos casos, mas a gente percebe que teve um aumento se formos comparar com o ano de 2019, talvez não tem como a gente confirmar ou ter certeza, essas crianças que ficaram muito tempo isoladas, agora elas começaram a circular e começou a aumentar mais a circulação desses vírus”, explicou o médico infectologista pediátrico Igo Araújo.

Os principais sintomas apresentados pelos pequenos são tosse, coriza, febre, dor abdominal, dores de cabeça, e às vezes, chiados no peito e broncoespasmos.

“A grande dificuldade para a gente é determinar se é um quadro de asma para aquelas crianças que já têm um histórico de doenças antes ou se é um quadro gripal apenas. O resfriado a gente diz que é causado por rinovírus e muitas vezes não tem febre, a gripe normalmente já tem a febre dentro do quadro, mas tem outros vírus que podem causar isso, e aí, é a famosa gripe comum. A maioria das crianças têm chegado ao hospital com o padrão de tosse, cansaço, dificuldade de respirar, às vezes só apenas o nariz escorrendo, uma rouquidão. As crianças pequenas, menores de 2 anos de idade até menores de 1 ano de idade, são as que mais requerem cuidados, elas cansam muito rápido, não têm facilidade de mobilizar a secreção, quanto uma criança maior e elas não vão dizer o que estão sentido”, alertou o médico.

De acordo com o médico, a mudança climática cria uma ocasião propícia para a circulação do vírus, sobretudo com o retorno das aulas. “A influenza, a gripe, a síndrome aguda respiratória tendem a ser mais agressivas que um resfriado, mas a depender do público ou do paciente que acometer, podem ser agressivas qualquer uma das duas. Aí as mães ficam loucas, elas cansam de nós dizermos que o tratamento é lavagem nasal e nebulização e podem confiar que realmente é isso, alguns pacientes precisam de alguma terapia específica, como nós temos o Oseltamivir, que é um inibidor de uma replicação do vírus da Influenza, mas para algumas populações específicas, menores de 2 anos de idade, alguns usam medicações específicas, com algumas medicações na nebulização como corticóide, mas de fato aquele velho xarope da vovó com mel é o que vai ajudar muitos deles, lembrando que o mel deve ser dado acima de um ano de idade”, orientou.