Questionado sobre a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última quinta-feira (13), para o uso emergencial de uma nova associação de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe) para o tratamento da covid-19, o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, afirmou que “é uma palhaçada”. A declaração foi dada, durante uma entrevista nesta terça-feira (18), no programa Ligação Direta, da Rádio Salvador FM.
“Aprovar anticorpos que foram liberados para casos leves. Temos mais de cinco mil casos por dia no Estado e isso é ridículo. E o Governo Federal chega a dizer ainda que vai avaliar”, pontuou o secretário.
Vilas-Boas ainda ressaltou o valor do tratamento utilizando do banlanivimabe e do etesevimabe. “É um antiviral que depende do oxigênio e que reduz a metade do tempo de internação. Um tratamento desse custa R $20 mil do fabricante nos Estados Unidos e o genérico, fabricado na Índia é R$5 mil. O governo tem que chamar a fabricante e conversar. Não ficar aprovando o anticorpo que custa uma fortuna que a gente nunca vai comprar”, manifestou.
De acordo com a Anvisa, o medicamento, produzido pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil, deve ser usado em dose única conjuntamente para o tratamento da Covid-19 nas formas leve a moderada em adultos e crianças com 12 anos ou mais e que pesem pelo menos 40 quilos.
Além disso, a indicação é para pacientes que apresentam alto risco de progressão da doença para a forma grave ou que possa levar à necessidade de internação.
Em nota, a Anvisa afirma que “a associação não deve ser usada em pacientes que já estejam hospitalizados com Covid-19 ou que necessitem de oxigênio ou ventilação mecânica no tratamento”.
O Remdesivir foi o primeiro medicamento com indicação aprovada pela Anvisa, para o tratamento da Covid-19 no Brasil.