Saúde

Estudo aponta que Ômicron escapa mais da proteção de vacinas do que Delta

O estudo foi realizado por pesquisadores da University of Copenhagen, Statistics Denmark e Statens Serum Institut (SSI)

Myke Sena/MS
Myke Sena/MS

A variante Ômicron do coronavírus consegue driblar a imunidade produzida pelas vacinas mais facilmente do que a variante Delta, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da University of Copenhagen, Statistics Denmark e Statens Serum Institut (SSI).

Para os cientistas, isso explica porque a Ômicron está se espalhando mais rápido do que as cepas identificadas anteriormente. Desde que foi anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em novembro do ano passado, a variante foi classificada como de “preocupação” e os cientistas começaram a investigar suas características principais, como transmissibilidade e letalidade.

“Nossas descobertas confirmam que a rápida disseminação da Ômicron pode ser atribuída principalmente à evasão imunológica, e não a um aumento inerente da transmissibilidade básica”, disseram os pesquisadores. O estudo ainda não foi revisado por pares.

Ao analisar informações epidemiológicas de cerca de 12 mil famílias dinamarquesas, os cientistas estimam que a Ômicron seja entre 2,7 e 3,7 vezes mais infecciosa do que a variante Delta entre os vacinados.

Outra descoberta do trabalho foi que as pessoas vacinadas com reforço têm menor probabilidade de transmitir o vírus, independentemente da variante, do que as não vacinadas.

Para a diretora técnica da SSI, Tyra Grove Krause, embora mais transmissível, a variante Ômicron parece induzir quadros menos graves: “Embora a cepa ainda seja capaz de exercer pressão sobre nosso sistema de saúde, tudo indica que é mais suave do que a Delta”, explicou.