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Os dados da primeira etapa do Inquérito Epidemiológico sobre a Covid-19 em Salvador, iniciativa realizada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontaram que 20% da população de Salvador já teve contato com a doença. Os detalhes foram apresentados pelo prefeito Bruno Reis, acompanhado da vice e secretária de Governo (Segov), Ana Paula Matos, nesta segunda-feira (25), em coletiva virtual.
O estudo teve início em novembro passado com a realização de soroinquéritos nos doze distritos sanitários da capital baiana. O objetivo foi estimar o percentual de soteropolitanos com anticorpos para o vírus Sars-Cov-2, assim como avaliar a duração dos anticorpos na população estudada, determinar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas e analisar se aspectos sociais e demográficos, além de condições de saúde, são fatores de risco.
Os profissionais de saúde realizaram 2.970 testes em 576 ruas e 2.558 casas. Deste montante, foi constatado que 604 pessoas tiveram anticorpos IgG/IgM contra a Covid-19, ou seja, 20% do quantitativo total. Segundo a análise preliminar, os distritos com mais incidência de casos foram Itapagipe e Liberdade – em ambos os locais, 29% da população foi positivada.
Seguidos por São Caetano (26%), Cajazeiras (25%), Itapuã (22%), Boca do Rio (21%), Cabula (19%), Pau da Lima (17%), Brotas (16%), Centro Histórico (15%), Barra/Rio Vermelho (12%) e Subúrbio (9%). Além dos exames, os cidadãos também responderam a questionários estruturados com abordagens sobre aspectos sociais.
“Desde a chegada da pandemia sentimos a necessidade de ter a quantidade de pessoas que haviam contraído o coronavírus em Salvador. A ocupação de leitos e o número de óbitos diários, até então, sempre foram os dados que nortearam as nossas decisões. Só que não tínhamos uma base de amostragem da cidade toda”, explicou Bruno Reis.
De acordo com o prefeito, o inquérito servirá como mais um indicador para auxiliar a administração municipal na implantação de medidas de enfrentamento ao coronavírus. “É como uma pesquisa que foi feita para chegar o mais próximo da realidade do número de pessoas infectadas pela doença”.
Fonte: Agência de Notícias//LC