O governador paulista João Doria escolheu tão mal o início da licença em Miami, Estados Unidos, que acabou convencendo os adversários de que sua intenção era estar bem longe, a 6.560km de distância, quando na coletiva desta quarta (23), seria anunciado que a sua Coronovac, com presumíveis 50% de eficácia, não é assim nenhuma Pfizer (95%).
Não chega nem ao nível da russa Sputnik (90,5%). Ele só não contava com o imponderável: seu vice com covid forçou seu retorno à vida como ela é.
O percentual ainda será oficializado, mas o Butantan indica o que o Wall Street Journal noticiou na segunda (21): a eficácia da vacina é de 50%.
Evaldo de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas da USP, diz que se isso for confirmado, a chance de imunizar uma pessoa será de 50%.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, deu outra má notícia: o pedido de registro da vacina da Anvisa será realizado apenas dentro de 15 dias.
O infectologista diz que tudo é muito frustrante: “Ficou muito feio, muito ruim”. Sugere aposta do Brasil em vacinas de eficácia próxima de 100%.
DP /// Figueiredo