Após semana de recordes trágicos, o Brasil registrou 3.368 mortes por Covid neste sábado (27), além de 81.909 novas infecções. O país chegou a 310.694 óbitos e a 12.489.232 casos da doença desde o início da pandemia.
Os dados são os aferidos pelo consórcio de veículos de imprensa integrado por Folha, UOL, G1, O Estado de S. Paulo, Extra e O Globo e coletados até as 20h com as secretarias de saúde dos estados.
Nesta sexta-feira (26), o país bateu o recorde de mortes em um único dia, com 3.600 óbitos. Mas, apesar de a situação ser gravíssima, ao menos parte desse elevado número de mortes registradas se deve a um represamento de dados que ocorreu durante a semana.
O estado de São Paulo, por exemplo, registrou mais de 1.000 mortes pelo segundo dia seguido: foram 1.051 nas últimas 24h.
A média móvel de mortes no país voltou a bater recorde e chegou a 2.548 mortes por dia. Esse é um instrumento estatístico para amenizar grandes variações de dados, como as que ocorrem aos finais de semana e feriados. Ela é calculada pela soma das mortes dos últimos sete dias e divisão por sete.
A média recorde anterior era de 2.400 mortes por dia e ocorreu nesta sexta.
Até terça-feira (23), o país completava 25 dias seguidos de valores máximos da média. A sequência foi quebrada justamente no dia em que o Ministério da Saúde mudou a forma de registro das mortes, o que provocou dificuldade na documentação por alguns estados e fez o número de óbitos cair artificialmente. A medida gerou críticas, que levaram a pasta a suspender a mudança.
Ainda assim, o país completa 66 dias com média móvel de mortes acima de 1.000.
VACINA
O consórcio de imprensa também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid por 22 estados.
Já foram aplicadas no total 19.927.298 doses de vacina (15.248.847 da primeira dose e 4.678.451 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.
Isso significa que somente 7,20% dos brasileiros maiores de 18 anos tomaram a primeira dose e só 2,21%, a segunda.
Nas últimas 24 horas, 365.627 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 41.191, a segunda.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
Folha/// Figueiredo