O Centro de Operações de Emergências em Saúde da Bahia, iniciativa do governo do estado para monitorar os casos de microcefalia e concentrar as medidas de controle da epidemia, anunciado nesta sexta-feira (4), vai contratar o procedimento de ultrassonografia morfológica para refinar o diagnóstico. A morfológica substituirá a ultrassonografia obstétrica, que é a tradicionalmente feita na rede pública.
Seis bebês morreram por causa da microcefalia na Bahia, que registrou 112 notificações da doença – mais da metade (69) em Salvador. Em todo o estado, estão confirmados 26 casos – o número dobrou desde o primeiro boletim divulgado em novembro.
No Parque Tecnológico, na Paralela, vai funcionar o Centro de Operações. Segundo o governo, o centro vai trabalhar na produção e atualização de informações sobre o cenário da epidemia No estado e contar com o suporte de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas, infectologistas, obstetras, neuropediatras, ultrassonografistas, especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de representes dos municípios – como a União de Prefeitos da Bahia (UPB) e o conselho de secretários municipais de saúde. É o secretário estadual de Saúde quem vai coordenar as ações.
O Centro será inaugurado na quinta-feira e haverá mudança na rotina de divulgação dos boletins semanas, que serão fechados entre quinta e sexta-feira de cada semana e divulgados até às 15h de todas as segundas.
O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, sinalizou a possibilidade de envio de recursos adicionais para os municípios por conta da epidemia. O Centro Integrado de Gestão de Emergências tem estrutura similar e usa o mesmo espaço físico do utilizado em grandes eventos, como na Copa do Mundo.
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