Nariz escorrendo, febre, dor de cabeça e corpo mole. Se abril fosse uma doença, esses seriam os sintomas. Isso porque, tradicionalmente, é nesse mês, em pleno outono, que as viroses se espalham como rastilho de pólvora por Salvador, deixando as unidades de saúde lotadas e muitos estudantes fora da sala de aula. Nos últimos 15 dias, o aumento de pacientes com síndromes gripais foi de 30% nos hospitais privados. No setor público, a prefeitura inaugurou uma nova UPA especializada, prevendo o crescimento de casos. Nas escolas, há casos de quase metade de uma mesma turma estar gripada ao mesmo tempo.
Segundo os especialistas, o aumento de casos de síndromes gripais já é esperado a partir da segunda quinzena de março e deve se intensificar até meados de maio.
“Viroses fazem parte da infância. Entretanto, é importante adotarmos alguns cuidados e prevenirmos a livre transmissão do vírus. Assim, caso o nosso aluno apresente sintomas gripais, pedimos que não encaminhem o estudante para a escola. Além de não apresentar rendimento esperado para as atividades propostas, é essencial o acompanhamento médico individualizado para a evolução do quadro de saúde”, diz o comunicado da escola.
A coordenação cita como exemplos de sintomas tosse, febre, mal-estar, falta de apetite, coriza e dor de garganta, e recomenda manter as crianças hidratadas.
Em Paripe, no Subúrbio Ferroviário, a atendente de supermercado Aline Araújo, 34, preferiu afastar a filha Victória, 6, das aulas. “Ela teve febre e ficou cansando. Achamos melhor não mandar. Conversamos na escola e descobrimos que outras crianças também estavam assim. É do período. No ano passado, foi a mesma coisa”, conta.