O Ministério da Saúde junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou cerca de 12,1 milhões de vacinas da CoronaVac, por uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina, nas instalações fabris da Sinovac. O órgão já se explicou e afirmou que nenhuma das vacinas foram distribuídas, e que foi a primeira vez que o erro ocorreu.
Ao todo foram 25 lotes interditados nesta segunda-feira (6) até que a agência termine a apuração sobre a situação dos imunizantes.
A pasta também iniciou o rastreamento de doses que tenham por ventura sido distribuídas e aplicadas. Esses pacientes ficarão em acompanhamento por equipes do Sistema Único de Saúde até a decisão final da Anvisa, para avaliar possíveis eventos adversos.
Segundo a Anvisa, as vacinas foram envasadas em uma fábrica que não foi inspecionada, nem aprovada pela agência brasileira.
Em nota, o Instituto Butantan disse que a suspensão não deve “causar alarmismo”. O Ministério da Saúde informou que foi ele próprio que comunicou o fato à Anvisa. Segundo o comunicado, "Houve alterações em uma das etapas do processo de formulação da vacina, nas instalações fabris chinesas da Sinovac, comum de ocorrer no processo de produção de qualquer anticorpo.
"Vale reiterar que a fábrica chinesa tem certificação de que segue boas práticas internacionais, a GMP, e também foi feita a inclusão na Anvisa. O Butantan informa que enviou toda a documentação de qualidade vinda da China, da Sinovac, sobre os lotes citados”, concluiu a nota lançada nesta terça-feira (7) pelo órgão.
Ainda na manhã desta terça (7), representantes da Anvisa e do Instituto Butantan reuniram-se para tratar sobre o caso. Os integrantes do instituto apresentaram informações sobre a avaliação de risco realizada pelo órgão. Esta análise afastou a existência de risco nos lotes interditados.