A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirma que foi aos Estados Unidos para estudar meios de “assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil”. A viagem, sem aviso prévio, foi relatada nas redes sociais como uma fuga da parlamentar, que está sendo investigada por entrar armada em um bar em São Paulo e perseguir um homem negro junto com seus seguranças.
Em nota, ela diz que não comunicou sua ida aos Estados Unidos por causa de decisão judicial que derrubou todos os seus perfis em redes sociais nesta semana.
“É através das minhas redes sociais que reporto eventos, faço questionamentos, trago conhecimento informativo e divulgo minha agenda”, afirma a parlamentar. “Não divulguei a viagem aos Estados Unidos simplesmente porque não tenho onde publicar, oras!”, acrescenta.
Zambelli ainda diz ser alvo de censura da Justiça e se autodeclara “uma das maiores vozes conservadoras”. “Estou cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, afirma, sem dar maiores detalhes.
Aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma das figuras políticas do bolsonarismo com maior engajamento nas redes, a deputada vinha fazendo postagens favoráveis às manifestações golpistas em favor do mandatário.
Desde a noite de domingo (30), a militância mais radicalizada faz centenas de bloqueios em estradas pelo país questionando o resultado da eleição, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor.
“Parabéns, caminhoneiros. Permaneçam, não esmoreçam”, escreveu ela na segunda-feira (31).