O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que sofreu um processo de impeachment em abril de 2021, pediu ao STF para voltar a ser governador do estado. O advogado que representa Witzel, Diego Carvalho Pereira, alega que o afastamento do ex-governador foi pautado por “premissas equivocadas”. As informações são da coluna de Guilherme Amado para o Metrópoles.
A reclamação enviada ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, relator do caso, pede que todas as decisões do Tribunal Especial Misto do Rio sejam anuladas, e que Witzel volte “ao pleno exercício das funções”.
Entre os argumentos usados pelo advogado para pedir que Witzel volte ao governo do Rio, foram pontuadas supostas ilicitudes nas provas que embasaram o processo. Segundo Carvalho, as nulidades seriam uma escuta telefônica coletada por ordem de um juiz que não seria o competente para julgar o caso; a duração do julgamento que deveria acontecer em 120 dias e ocorreu em 219; e a disposição de alguns deputados a condenar o ex-governador “a qualquer custo, na contramão da legalidade”.
Witzel foi afastado do governo do Rio e impedido de ocupar qualquer cargo público até 2026. O pedido de cassação do mandato do ex-governador ocorreu em maio de 2020, após uma operação da Polícia Federal ter indicado que ele estaria envolvido em um esquema de desvios na saúde do estado durante o período da pandemia. Até hoje, ele não sofreu nenhuma condenação por isso e segue afirmando que é inocente.
