Política

Wagner vê ‘turbilhão’ pró-Haddad e diz que Bolsonaro tem cabeça de terrorista

Em entrevista nesta sexta (26), senador eleito e coordenador da campanha do presidenciável petista afirmou que adversário esgotou repertório: só oferece bala

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Matheus Morais/bahia.ba

 

A dois dias da segundo turno da eleição, o coordenador da campanha de Fernando Haddad e senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner (PT), afirma ver um “turbilhão” em torno do presidenciável petista na disputa do segundo turno.

“Está ficando cada vez mais claro para as pessoas em geral o que significam a eleição e a natureza do que representa o outro candidato. Esgotou o repertório dele. Ele não tem mais nada pra falar. O besteirol que ele continua falando só endossa o nosso argumento.

Não se trata de uma eleição normal. Trata-se de uma eleição em que a democracia está em jogo”, declarou o ex-governador em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (26), em seu escritório em Salvador.

Apesar de as últimas pesquisas mostraram que o adversário Jair Bolsonaro se mantém na dianteira, Wagner mostrou-se entusiasmado com recentes sondagens apontando crescimento do aliado em redutos nos quais ele aparecia em desvantagem —a exemplo da cidade de São Paulo, onde o substituto do ex-presidente Lula somou 51% dos votos válidos ante 49% do capitão da reserva, segundo levantamento do Ibope divulgada na quinta (25).

“Acho que está havendo um turbilhão. Quanto que vai ser esse tamanho? Eu não sei. Evidentemente que estou torcendo que a gente ganhe por meio, por um ponto, por dois pontos… não sei”, assinalou.

Em sua avaliação, a campanha adversária sofre um processo de desidratação, uma vez que parte do eleitorado está insatisfeita com os discursos do candidato do PSL.

“O que ele oferece à população? Bala, bala e bala. Só. Está ficando que o berro dele de clássico valentão, que é valente quando está de turma e amarela quando está sozinho. Acho-o candidato irresponsável. Um grande irresponsável, essa é a característica dele. A cabeça dele é uma cabeça de terrorista”, definiu.

Para Wagner, Haddad vem conseguindo contagiar muitos brasileiros que estavam indecisos até aqui.

“Acho que o que era pra fazer a gente conseguiu fazer. A gente contagiou a sociedade num contágio positivo, mostrando que a eleição não é PT versus PSL. A linha de corte acabou virando a democracia pela natureza do outro candidato”, avaliou.

 

Bahia ba/// Figueiredo