Áudios obtidos pela Operação Greenfield, que investiga desvios de recurso da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), fundo de pensão que gerencia a previdência complementar dos funcionários da Caixa, revelam um prejuízo estimado de, pelo menos, R$ 2 bilhões aos cofres públicos, de acordo com revista Isto É deste sábado (24). A publicação aponta que investigadores da Polícia Federal (PF) relatam “negligência com os recursos dos aposentados e indica uma clara atuação de dirigentes da Funcef no sentido de honrar acertos políticos”.
Para a PF, há fortes indícios de que o ex-tesoureiro petista, João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato, esteja por trás das operações fraudulentas aprovadas pela cúpula da Funcef. As suspeitas também recaem sobre o ex-ministro da Casa Civil de Dilma, Jaques Wagner. Um dos beneficiários do esquema, segundo as investigações, foi o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, ligado ao PT, a Lula e a Jaques Wagner.
Nas mensagens extraídas do celular do empreiteiro, há referências à atuação de Jaques Wagner e Vaccari na Funcef. Em julho de 2013, quando o caso estava sob discussão, Léo Pinheiro escreveu para o acionista da OAS, Antônio Carlos Mata Pires: “Como foi na Funcef? O nosso JW [Jaques Wagner] me perguntou”. Ao que Pires respondeu: “Ótimo. Foi aprovado para contratação do avaliador, Deloitte. Agora, precisaremos de JW [Jaques Wagner] na aprovação final”.
( Bahia.ba)