O senador Jaques Wagner (PT-BA), comparou os avanços das gestões do seu partido na Bahia com as do grupo opositor que, após 40 anos de administração, foi derrotado pelo próprio Wagner nas eleições de 2006 ao Palácio de Ondina.
De acordo com ele, ao assumir o posto de governador, em 2007, encontrou o Estado com problemas críticos, o que ele atribuiu como resultado de uma má administração. Entre os exemplos ele apontou o precário atendimento de saúde, descaso com a população mais pobre, os escassos investimentos em infraestrutura, ações insuficientes para a educação e a segurança pública sucateada.
Além disso, durante entrevista ao POD13, vídeocast do PT Bahia, o senador discordou do grupo opositor que, segundo ele, insiste em apresentar uma imagem de bons gestores.
“Eu acho até estranho, porque o pessoal falava muito que eram grandes gestores, eu não consigo achar”, disse. “Eu peguei a Bahia assim: nós éramos, apesar de 15 milhões de habitantes, quarta maior população, quinto maior território nacional, estado fundador da nação brasileira, e nós éramos o maior número de analfabetos, a maior carência de água potável, saneamento, residência, uma única universidade federal, desigualdade social absurda. Então essa foi a Bahia que eu recebi dita e governada pelo grupo anterior”, contou Wagner.
O senador continuou: “Eu não considero que eram grandes gestores porque quem deixa estradas, a situação das estradas era péssima, o pessoal que andava de carro para cima e para baixo pelo país ou caminhoneiro dizia ‘aí, já sei que cheguei na Bahia, está cheia de buraco’. Hoje eu tenho o orgulho de dizer que é ao contrário. Nossos governos fizeram a Bahia avançar em todas as áreas”, disse Wagner.
Também no podcast, ele citou outras melhorias promovidas pelas gestões petistas como a construção de 20 hospitais, o programa "Todos pela Alfabetização", que alfabetizou cerca de 1 milhão e quinhentas mil pessoas, o "Água para Todos", maior programa de água e saneamento da história da Bahia e foi nacionalizado pela então presidente Dilma Rousseff, devido ao sucesso do programa.
“Hoje eu fico achando engraçado que o pessoal que governou isso aqui por 40 anos, que não tinha hospital, a indústria era indústria de ambulância, o prefeito jogava na ambulância, mandava para Salvador e ficava aqui nos corredores de hospitais ou o pessoal ficava morrendo de dor no interior, tomando chá, tomando remédio, algo que procurar”, disse Wagner ao rebater as críticas da oposição sobre a regulação.
“Porque no seu tempo o cara nem ia para o hospital, porque não tinha. Então ninguém joga pedra em árvore que não tem fruto”, completou o senador, citando que atualmente existem 20 hospitais, 24 policlínicas em diversos territórios baianos.