O secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, entrou na disputa pela presidência nacional do partido. Após registrar sua candidatura e realizar evento de lançamento em Maceió, no estado de Alagoas, o dirigente desembarcou na Bahia nesta segunda-feira (24). O candidato a presidente do PT vai a Camaçari, onde terá reunião com Luiz Caetano, prefeito da cidade, e fará uma plenária com a militância petista de toda a Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em conversa com a reportagem do PS Notícias, Romênio Pereira explicou o motivo de ter escolhido os estados de Alagoas e Bahia para o pontapé inicial em sua campanha.
“Escolhi o Nordeste pelo que representa a região para o povo brasileiro e para o PT. Alagoas tem uma história muito forte na luta libertária do povo brasileiro, com destaque para o caso de Zumbi dos Palmares. E na Bahia, agora, estamos realizando plenárias”, contextualizou.
Um dos fundadores do PT, Romênio Pereira relata já ter visitado mais de mil municípios em todos os estados do país. Como candidato a presidente do partido, aponta como objetivo maior aproximar a presidência do PT da base militante. Assim, o secretário fala em valorizar os legisladores estaduais para que tenham uma relação mais direta com o diretório nacional e quer, ainda, buscar uma distribuição mais abrangente do fundo eleitoral.
O secretário é candidato pela tendência Movimento PT. A eleição está prevista para acontecer no dia 6 de julho com voto direto dos filiados espalhados por todo o Brasil. Serão escolhidos os dirigentes dos diretórios municipais, estaduais e nacional.
Disputa interna
Romênio Pereira não está sozinho na disputa pela presidência do diretório nacional. Nomes como o do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, e do ex-presidente do PT, Rui Falcão, estão sendo cogitados. Candidatos registrados oficialmente até esta segunda-feira (24) há dois: Romênio Pereira, pela tendência Movimento PT, e Valter Pomar, historiador e membro do diretório nacional que representa a tendência Articulação de Esquerda.
Com a saída de Gleisi Hoffmann da presidência do partido para assumir o Ministério da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, o senador Humberto Costa (PT-CE) passou a exercer a presidência da legenda interinamente. Nos bastidores, não está descartada a possibilidade de o senador cearense se colocar como candidato até a data do pleito.
Pereira, por sua vez, afirma que acredita em um processo eleitoral pautado no respeito e no debate de ideias para o PT.
“Acho que será uma disputa com muito respeito, cada um mostrando a sua experiência, apontando e defendendo qual caminho o partido pode seguir. Eu acredito que haverá disputa em segundo turno. Vou trabalhar para estar no segundo turno e ganhar as eleições”, apostou.
Lula em 2026
Romênio Pereira afirma que, para o ano de 2026, a prioridade do partido será a mobilização para a reeleição do presidente Lula.
“O partido chegou a 3 milhões de filiados e tem muita força em todo o território nacional. Após a eleição para os diretórios municipais, estaduais e nacional, com certeza haverá um direcionamento de todos para que a gente possa fazer um processo eleitoral de 2026 visando a reeleição do presidente Lula”, frisou.
Questionado sobre o processo de aliança do PT com partidos de centro-direita, o dirigente disse considerar um processo natural da política em prol da governabilidade.
“No Brasil, você ganha as eleições presidenciais, mas quando chega ao Congresso Nacional só tem 15% ou 20% dos deputados e deputadas ou senadores e senadoras que são do campo de esquerda ou da ala progressista. Então, é natural que você busque diálogo com pessoas que tenham reponsabilidade com a política, compromisso principalmente com a população mais pobre. Em qualquer governo, é natural esse processo de aliança. Por isso, estamos buscando alianças no campo do centro e até centro-direita”, reiterou.
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