Diversos projetos estão sendo votados, nesta quarta-feira (19), na Câmara Municipal de Salvador (CMS), na última sessão antes do recesso. Dentre eles, o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício financeiro de 2025 (PLE nº 100/2024). Entretanto, antes da votação, uma verdadeira confusão tomou conta do plenário da Casa.
Durante sua fala no púlpito, a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) se colocou contra o pedido de empréstimo junto à Caixa, feito pelo prefeito Bruno Reis (UB) e que terá a autorização votada hoje na CMS. Por diversas vezes ela foi interrompida pelo vereador Paulo Magalhães Júnior (UB) e não conseguiu concluir o seu discurso.
Posteriormente, o vereador Átila do Congo, que é presidente do Partido da Mulher Brasileira, pediu questão de ordem e defendeu que Laina busca ter privilégios por ser mulher.
“Precisa perguntar ao vereador 'o que é ter vantagem por ser mulher?'. Ter vantagem de ser mulher já é uma incoerência, assim como, chamar uma mulher de privilegiada. São 43 cadeiras e nove mandatos de mulheres foram eleitos e só temos oito mulheres aqui. Não somos maioria em nenhum dos poderes. Que privilégio a mulher tem? É o de ter uma PL1 904 que diz que a mulher tem que ter um filho mesmo no caso de estupro? Quando você já viu um homem ser interrompido para o outro dizer 'vou te explicar?'. Eu não preciso de ajuda, se eu precisar de ajuda eu vou pedir. Eu estou aqui porque fui muito bem ensinada pelo movimentos sociais”, rebateu a vereadora em conversa com o Portal SALVADOR FM.
A vereadora Marcelle Moraes (UB) saiu em defesa da colega e pediu a palavra para rebater a fala de Átila do Congo. “Me preocupou demais a fala de “vamos ficar atentos vereadores, porque as mulheres querem ocupar nossos espaços”. Vereador, tenha respeito pelas mulheres dessa casa”, defendeu a vereadora Marcelle Moraes.
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Votação de LDO na Câmara de Vereadores tem 'bate-boca' e choro de vereadora; confira pic.twitter.com/X4EfYlxVBG
— Portal Salvador FM (@PortalSsaFM) June 19, 2024