Política

VÍDEO: Servidores do Estado fazem protesto em frente à ALBA contra projeto de reajuste dos salários

Expectativa é a de que Projeto de Lei que aumenta em 4% os vencimentos de alguns membros do funcionalismo baiano seja votado nesta terça-feira (16)

Juliana Nobre
Juliana Nobre

Servidores públicos do Estado realizam, na manhã desta terça-feira (16), um protesto em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), contra o projeto de reajuste dos salários de alguns membros do funcionalismo em 4%. A expectativa é a de que a matéria seja votada em sessão realizada nesta terça-feira (16) na Casa.

Com faixas e cartazes, além de cobrar por um reajuste maior – em torno de 9% -, fizeram críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), afirmando que o chefe do Executivo baiano "está nos decepcionando, você é servidor público".

"O serviço público baiano já tem oito anos sem reajuste, tiveram alguns pífios reajustes intercalados nesses anos, mas esses reajustes não contemplam a defasagem salarial que nós já temos nesse período que é de 54%. Nós entendemos que não é possível oferecer esse valor de vez, mas deve haver um reajuste digno. O Governo Federal ofereceu 9% de aumento pro servidor federal e o Governo do Estado, que é do mesmo partido (…) havia dito na campanha que teria um alinhamento com o Governo Federal. Nós não temos visto esse alinhamento", afirmou ao Portal Salvador FM, Ramon Carvalhal, diretor da Fetrab, Federação que representa os servidores do Estado.

"Para completar esse pacote de maldade, o governo Jerônimo ainda anuncia um aument na alíquota do Planserv, com nós servidores pagando de 2% para 2,5%. É um serviço que tem sido precarizado nos últimos anos e ainda encarecido. Então, o governo precisa ter um olhar sensível, maduro e responsável para com o servidor. Não dá pra tratar o servidor dessa maneira", completou.

Por sua vez, Igor Rocha, presidente da Força Invicta, entidade que representa os oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, cobrou um tratamento igualitário por parte do governo estadual com relação as categorias que fazem parte das forças de segurança na Bahia.

"Não tem como valorizar só uma carreira da segurança pública, dando 9% para delegados, aproximadamente, e desconsiderar todos os outros que estão na linha de frente também trabalhando pra melhorar esse índice. Então, a sociedade, os parlamentares e o governo precisam se sensibilizar com isso", afirmou.

"Ficamos surpresos com a manifestação do governo dizendo que não recebeu críticas. Nós estamos aí, há quase três meses, trazendo as insatisfações, mas não houve qualquer recepção do que foi apresentado, o projeto seguiu trazendo aí 4% pra todos os profissionais de segurança pública, não recompõe oito anos de defasagem", completou que garantiu que as categorias, apesar da situação, não pensam em paralisação.