O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, debochou dos críticos após ele falar que, em caso de derrota dele nas eleições presidenciais do país, previstas para o próximo domingo (28), que a nação sofrerá um "banho de sangue".
Um dos chefes de Estado que desaprovou as falas de Maduro foi o presidente Lula (PT). Em entrevista a agências de notícias internacionais no Palácio da Alvorada, na última segunda-feira (22), o mandatário pediu respeito ao processo democrático e ao resultado do pleito.
"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições, toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula.
Como resposta, em comício na terça-feira (23), mesmo sem citar o petista, o ditador afirmou que as eleições no Brasil não são auditadas, assim como nos Estados Unidos e na Colômbia. Ainda segundo ele, a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo.
“Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhuma ata. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata”, disse ele, que ainda debochou dos críticos.
“Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila […] Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita”, afirmou.