O deputado federal e presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), criticou, durante sessão do colegiado, nesta terça-feira (12), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, que autorizou ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal, a delegada Marília Alencar, previsto para o dia de hoje (veja vídeo abaixo).
Segundo o Poder 360, ela prestaria depoimento na condição de investigada. Apesar da ausência, a CPMI ouviu a cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Marcela da Silva Morais Pinno.
"Estava prevista, para a manhã de hoje, a oitiva da senhora Marília Alencar. Entretanto, em função de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, do ministro Nunes Marques, essas pessoa ficou autorizada, apesar da convocação deste colegiado, de não comparecer a esta CPMI", iniciou Arthur Maia.
"É, sem dúvida, lamentável, que um episódio como esse aconteça. Lamentável em função da condição que o Supremo Tribunal Federal, através de uma lavra, de uma decisão monocrática, se coloca contra o conjunto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito formada por senadores e deputados", completou.
#CPMI8deJaneiro l Na abertura da reunião desta terça (12), o presidente @DepArthurMaia criticou a decisão do ministro Kassio Nunes Marques (STF), que autorizou Marília Alencar a não comparecer ao depoimento. Ele classificou o episódio como 'lamentável'. pic.twitter.com/lMnBJbH8ol
— TV Senado (@tvsenado) September 12, 2023
Marília esteve, em março, na CPI dos Atos Antidemocráticos, instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na época, ela disse considerar que a inteligência “não fracassou” no caso da invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.