O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter um obstáculo para conquistar novos votos e se reeleger na disputa contra o ex-presidente Lula (PT) no segundo turno. A missão ficou ainda mais difícil com a repercussão negativa de um vídeo em que Bolsonaro discursa em um templo da maçonaria, e aparece em uma foto com um símbolo de Baphomet, considerado satanista por católicos e evangélicos.
A Maçonaria é proibida pelo código de ética da Igreja Católica. No vídeo, que parece ter ao menos dois anos, Bolsonaro diz que não é 'candidato', mas conclama a sociedade para ajudar a resolver "problemas" que devem ser enfrentados.
Em outro registro, ele aparece em uma foto com os símbolos da maçonaria. A proximidade de aliados com templos maçons não é novidade. A deputada federal Carla Zambelli e o ex-ministro Sergio Moro também foram flagrados em templos maçônicos.
O vice-presidente Hamilton Mourão alcançou em 2019 o grau mais alto dentro da maçonaria se tornando Inspetor-Geral da Ordem.
As imagens tem sido amplamente compartilhadas por opositores e também bolsonaristas, incomodados com a associação. A repercussão deve preocupar a campanha, já que o eleitorado evangélico e conservador é um dos mais fiéis a Bolsonaro.
EITA! Vídeo de Bolsonaro na maçonaria vem à tona. A sociedade discreta tem como membros, Carla Zambelli, Jorginho Mello, entre outros apoiadores de Bolsonaro. Envolvimento com Maçonaria é proibido pelo código de direito canônico da Igreja Católica. pic.twitter.com/9oWqJDJdun
— PopOnze (@PopOnze) October 4, 2022