A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) reagiu, indiretamente, aos comentários do coordenador da Prefeitura-bairro Pelourinho/Centro Histórico e Coronel da reserva da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) Sturaro, após a comunista ter sido alvo de uma abordagem de policiais militares, na tarde de quarta-feira (1º), na região do Vale das Pedrinhas.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, ainda ontem, a parlamentar relatou a forma violenta com a qual teria sido abordada pelos agentes. Por sua vez, Sturaro, apesar de ter reconhecido o equívoco na utilização dos palavrões pelos PMs, afirmou que a energia empregada pelos policiais na ação foi adequada pelo Vale das Pedrinhas se enquadrar em uma "região de risco" da cidade.
O coordenador da Prefeitura-bairro do Pelourinho ainda aproveitou para criticar algumas falas da deputada que, segundo ele, são feitas sem provas.
Na tréplica, nesta quinta-feira (2), sem citar nominalmente o Coronel da Polícia Militar da Bahia, Olívia Santana disse que as declarações de Sturaro foram "desonestas" e de "má-fé" (veja vídeo abaixo). A parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia ainda associou os ataques sofridos a "essa turma bolsonarista que utiliza das redes sociais para disseminar o ódio" e "violência contra mim".
"Eu quero dizer que é uma distorção pegar uma situação que já estava controlada, que os policiais já sabiam com quem estava falando, que eu sou uma deputada, e querer colocar isso como se fosse tudo o que aconteceu durante a abordagem é desonesto, no mínimo", disse a legisladora.
Ao relembrar a situação, Olívia voltou a afirmar que a ação "não é correta" e alegou que não contestou a abordagem policial, mas o modelo de blitz feito pelos militares.
Além de Sturaro, a Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar (APPMBA) contestou que tenha havido excessos na abordagem sofrida por Olívia e a equipe dela.
Em carta aberta, a associação diz que imagens do ocorrido mostram que não houve nenhum excesso durante a abordagem policial. A entidade arguiu ainda o fato da parlamentar ter exigido a implantação das câmeras corporais para a tropa como forma de reduzir a violência policial.
"Tomando como parâmetro o desproporcional argumento da parlamentar, se todos os gabinetes públicos forem filmados, por encanto, acabará a corrupção e os maus feitos na política baiana e brasileira. Será mesmo?", questiona a APPMBA.
