O novo secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, rebateu as declarações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), após o gestor afirmar, em meados de outubro, que resolveria a situação da Segurança Pública na Bahia.
A declaração de Caiado veio após uma fala do titular do Palácio de Ondina, Jerônimo Rodrigues (PT), também em outubro, de que o problema da Segurança Pública não estava restrito apenas à Bahia, mas também a outros estados. O petista citou Goiás como exemplo.
“[…] Um fato muito rigoroso da morte de uma pessoa, de duas ou três, cria comoção em todos nós. E causa sensação de insegurança. Às vezes, é um fato que traz a seriedade. E eu respeito isso, mas isso não está dizendo que é na Bahia inteira. Temos municípios que estão há dois, três anos sem casos violentos, sem mortes violentas. Não dá para dizer que a nossa polícia não está fazendo nada. Estamos acompanhando também cenários no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e outros estados. É (um problema) nacional”, declarou Jerônimo, na ocasião.
Caiado reagiu em uma publicação nas suas redes sociais:
“Peraí, aqui não, Jerônimo. Aqui bandido não se cria. Aqui em Goiás é segurança plena. Olha, vou te dar duas sugestões: primeiro, deixa sua polícia trabalhar. Segundo, se tiver difícil, chama o Caiado e me dá o comando por seis meses que vou devolver a Bahia aos baianos”.
Durante participação no Podinquest, veiculado na quarta-feira (25), Adolpho Loyola chamou as declarações de Caiado de “falácias”, disse que o gestor goiano deve tratar “os policiais dele como capanga” e ainda fez uma comparação entre os territórios dos dois estados.
“O Caiado deve tratar os policiais dele como capanga [sic]”, disparou o titular da Serin. “A gente aqui trata como servidor público e com muito respeito. Aqui, quem faz as coisas dentro da lei não precisa ficar atrás disso […] Se for dá uma olhadinha lá a fundo isso é da boca pra fora que ele fala […] Ele fica se vangloriando disso e é um estado pequenininho […] vai vir para a complexidade que é a Bahia. Cada canto da Bahia é diferente”, completou.