O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se manifestou nesta quarta-feira (29) sobre as acusações de assédio contra suas funcionárias. Guimarães assumiu o cargo logo após a posse do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“São quase 20 anos juntos, dois filhos, e uma vida inteira pautada pela ética. Tanto é verdade que, quando eu assumi o banco, o banco tinha os piores ratings (índices) das estatais”, declarou o presidente durante lançamento do Plano Safra 2022/23, sem mencionar as acusações.
Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncias feitas por funcionárias do banco. As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre ele e funcionárias sob seu comando. Os testemunhos estão relacionados a viagens realizadas por Pedro Guimarães como parte do programa Caixa Mais Brasil. Entre os relatos há pedidos de abraços em contextos constrangedores e mãos em partes íntimas.
Este é o primeiro caso público do tipo envolvendo um alto funcionário do governo Jair Bolsonaro (PL). Os casos, que estão sob sigilo, são investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) desde o ano passado, quando um grupo de funcionárias decidiu denunciar os abusos.
Diante do escândalo, Guimarães deixará o cargo e Daniella Marques será a sucessora na presidência da Caixa. Atualmente, ela é quem comanda a Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, desde fevereiro.