O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirma que há militares rangendo os “dentes” por causa da reforma da Previdência —mas diz que todos têm disciplina e vão aceitar as mudanças.
“O pessoal fica meio cabreiro, como todo mundo. Tem choro e ranger de dentes. Mas cumprirá [as determinações da reforma]. Ninguém vai fazer lobby para alterar nada”, garante o general.
A maior parte das propostas para os militares já tinha sido negociada pelo próprio Mourão no governo de Michel Temer —entre outras, o aumento do tempo de permanência na ativa, de 30 para 35 anos.
Mourão diz considerar o episódio da demissão de Gustavo Bebianno superado e afirma ser preciso compreender as condições em que o presidente Jair Bolsonaro se encontrava quando conversou com ele nos áudios depois divulgados.
“As pessoas têm que dar um desconto por tudo o que o presidente vem passando, sobrevivendo a cirurgias, com antibióticos, analgésicos”, diz. E, mesmo no hospital, sofrendo pressão pelo que ocorria do lado de fora.
Folha/// Figueiredo