O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, fez críticas à pré-candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro e chamou o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), de “desleal” durante um debate com a militância organizado no dia 11 de novembro, por videoconferência. As informações são da coluna de Guilherme Amado para o Metrópoles.
Quaquá fez duas falas em defesa da formação de alianças do PT para além dos partidos de esquerda. Ao tratar do cenário no Rio de Janeiro, o dirigente disse que Lula não será eleito se tiver votos apenas dos apoiadores de Freixo. “Não vamos eleger o Lula com os 30% que a esquerda consegue fazer no Rio”, declarou.
“Eu não tenho nada contra o Freixo. Mas o marqueteiro dele era o marqueteiro do [Sérgio] Cabral, o delator, Renato Pereira. [O Freixo] trouxe o Raul Jungmann para comandar a segurança pública, que foi ministro do Michel Temer. Então vamos com calma, gente. Vamos com calma porque eu não quero me atrelar primeiro a quem só teve 30%”, acrescentou Quaquá.
Na época, o dirigente petista vinha buscando uma aproximação com o governador Cláudio Castro, que é filiado ao PL, novo partido de Jair Bolsonaro. Quaquá disse que a história de que ele havia proposto uma aliança com Castro era “palhaçada”.
“Eu quero o Lula com os 70% de quem é contra o Bolsonaro no Rio. Por isso é importante atrair o Eduardo Paes, o Rodrigo Neves e até setores do Claudio Castro para o nosso projeto”, declarou.
Quaquá afirmou que a aproximação com outros políticos do estado é importante para isolar o bolsonarismo e para “minar as alianças do Ciro Gomes”, chamado pelo petista de “desleal”.