Política

“Um processo muito violento”, diz Laina sobre discussão na Câmara

Para a edil, as bancadas fundamentalistas, como a evangélica, tem o propósito de “apagar e inviabilizar a história da comunidade LGBTQIA+”

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

A vereadora de Salvador, Laina Crisóstomo (PSOL), afirma que para ela, a discussão ocorrida nesta quarta-feira (1°) durante sessão na Câmara Municipal da capital baiana “foi um processo muito violento”. A edil que é lésbica acompanhou discursos que colocaram em cheque o valor cultural da comunidade LGBTQIA+.

Para Laina, as bancadas fundamentalistas, como a evangélica, tem o propósito de “apagar e inviabilizar a história da comunidade LGBTQIA+”. Ainda segundo a representante do mandato coletivo Pretas Por Salvador, “o  termo LGBT é uma polêmica tão perversa, que chegam a dizer que isso estimula o jovem a se tornar parte da sigla”.

A vereadora apela ainda que não quer que sua orientação sexual seja vista como promiscuidade e destaca que a comunidade deve ser citada não somente no plano municipal de cultura, mas também no plano da criança e juventude. 

O caso

Nesta quarta, a bancada evangélica na Câmara de Salvador tentou barrar trecho sobre a comunidade LGBTQIA+ do Plano Municipal de Cultura de Salvador, afirmando ainda que para a bancada, a comunidade não é cultura, é orientação sexual.

Em plenário, Laina reafirmou a importância da cultura para a comunidade LGBTQIA+ e mandou um recado para os seus colegas: "Se a gente não tem compromisso com políticas públicas para todas as pessoas dessa cidade, é porque a gente não tá fazendo política para a população dessa cidade”..