O ex-deputado Tum (Avante) deve deixar o comando da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri). Ele estava à frente da pasta desde o início da gestão Jerônimo Rodrigues (PT), em 2023.
A informação foi confirmada pelo deputado federal Neto Carletto, que é do PP, mas está em vias de migrar para o Avante, partido que, na Bahia, está o comando do tio, o ex-deputado Ronaldo Carletto, outro ex-pepista – inclusive, Neto Carletto já anunciou que os últimos ajustes para a mudança estão sendo finalizados.
Ainda conforme o parlamentar, a saída de Tum contou com o “sinal verde” do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O objetivo é “reoxigenar” a Seagri.
“Claro que quem tem a caneta é o governador, mas ele faz as coisas de forma democrática, conversando com os aliados. Já é certo que vai ocorrer a troca”, disse ele ao Política Livre.
Neto Carletto apontou que a definição sobre o novo titular da Seagri deve ocorrer até esta segunda-feira (31) – Jerônimo, porém, afirmou hoje esperar que o desfecho ocorra ao longo da semana. Três nomes foram colocados à mesa do governador para a escolha do sucessor de Tum, também segundo o Política Livre.
O primeiro foi o do deputado estadual Felipe Duarte (PP), que também deve migrar para o Avante. Porém, a indicação não avançou porque a suplente dele na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) é Soraia Cabral (PP), esposa do ex-prefeito de Candeias, Dr. Pitágoras (PP). O ex-gestor municipal, além de ter apoiado ACM Neto (União) em 2022, cogita ser candidato a deputado no próximo ano.
Outro nome que chegou a ser sugerido foi o do ex-prefeito de São Desidério (oeste da Bahia), Zé Carlos. Contudo, ele deve assumir uma superintendência na Seagri.
Apesar das especulações, quem surge mais forte dentro deste cenário é o ex-deputado estadual e atual secretário-geral do Avante na Bahia, Pablo Barrozo, ex-aliado de ACM Neto.
Caso seja confirmado como novo titular da Seagri, Barrozo teria de abrir mão da candidatura a deputado estadual, em 2026, uma vez que Jerônimo Rodrigues já sinalizou quem for candidato, no próximo ano, não poderá ser secretário e que o acerto já teria sido definido com os partidos da base aliada.