De olho nas eleições municipais de 2024, além de fortalecer a sua base no Congresso Nacional, o União Brasil, o PP e o Republicanos se movimentam para formar uma megafederação que, em Brasília, contaria com 151 deputados e 17 senadores. Desta forma, o bloco teria a maior bancada nas duas casas legislativas e ultrapassaria siglas como o PL e o PSD, além da Federação PT-PV-PCdoB.
A junção de forças seria importante para, por exemplo, ter preferência na hora de dividir o comando de comissões. Além disso, o bloco de legendas, uma vez unido, teria mais chances de eleger os sucessores de Arthur Lira (PP-AL), na presidência da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na do Senado.
As negociações, no entanto, de acordo com O Globo, só devem avançar a partir de março, quando haverá uma troca de comando no União Brasil. Atual vice da legenda, Antonio Rueda é o nome de acordo para suceder o deputado Luciano Bivar (PE) na presidência nacional da sigla. Interinamente, Bivar é apontado como principal entrave para que a federação das três legendas vingasse.
Imbróglio
Outra questão envolvida na formação da Federação está relacionada à eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados. Os parlamentares Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Elmar Nascimento (União-BA) estão entre os cotados para a disputa do pleito, que acontece em 2025. Uma federação das duas siglas vai requerer que eles entrem em acordo para uma candidatura única.