O orçamento disponível para a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é o menor em termos reais desde 2006. Decorrente da limitação, o gabinete temporário nomeou apenas 22 dos 50 nomes para cargos remunerados, até o momento.
Os orçamentos de 2006, 2010, 2014 e 2018 superam os R$3,2 milhões reservados para este ano, devido a correção da inflação, de acordo com um levantamento realizado pelo site Poder360.
Em 2002, quando a Lei da Transição foi sancionada, não havia a obrigatoriedade de uma ação orçamentária específica para a transição. Na eleição seguinte, em 2006, o orçamento da Presidência da República em ano eleitoral passou a incluir reserva para gastos com a transição, mesmo em casos de reeleição.
Nesta transição, do orçamento disponível, a equipe de Lula já empenhou R$1,6 milhão. A transição de Michel Temer (MDB) para Jair Bolsonaro (PL) gastou os R$2,9 milhões que tinha disponíveis. Em 2010, a passagem de Lula para Dilma Rousseff (PT) teve gastos de R$509 mil dos 2,8 milhões disponíveis.
A equipe de Lula tem mais de 900 pessoas e é quase toda formada por voluntários. Dos cargos com remuneração, os salários variam em níveis de R$2.701,46 a R$17.327,65. Estes gastos somam R$242.645,32 mensais. Os salários foram atualizados pela última vez em 2016.