Política

"Tentativa de fazer folclore e atrair atenção", opina Ricardo Almeida sobre Mandato Coletivo Pretas por Salvador

a atitude do mandato coletivo, Pretas Por Salvador (PSOL), de levar uma cadeira ao plenário da Câmara de Salvador

Reprodução  Salvador FM
Reprodução Salvador FM

O vereador Ricardo Almeida (PSC), criticou, nesta quarta-feira (12), a atitude do mandato coletivo, Pretas Por Salvador (PSOL), de levar uma cadeira ao plenário da Câmara de Salvador. Segundo ele, "é muito mais uma tentativa de marcar espaço, fazer um folclore e atrair atenção".

O vereador disse ainda, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Salvador FM, que o coletivo banaliza pautas que elas dizem tanto defender. "Eu vejo com receio alguns argumentos do tipo ‘é por racismo, homofobia, machismo’. Com isso, pega um tema que é tão caro para sociedade e usa indevidamente essas pautas. Quando, na verdade, trata-se de uma cobrança para que siga o regimento interno. E isso é uma constante e descredibiliza a questão", acresentou

Segundo o político, a questão nunca foi racismo, mas sim o devido cumpriumento das normas da Câmara. 

“O que a gente tem hoje é a permissão para a publicidade com várias fotografias para a campanha. Mas, na prática, o mandato segue sendo ligado a um único CPF, a uma única pessoa. Portanto, não há legislação que ampare o mandato coletivo. Concordo que possa ser sim um avanço no modo de fazer política, mas como que ampara isso? São três espaços de fala? O triplo de tempo em detrimento de outro vereador? A premissa de um legislador é criar leis, como que nós podemos contrariar a legislação?", questionou.

O debate surgiu após o vereador Henrique Carballal (PDT), em sessão realizada nesta segunda-feira (3), orientar que a assessora também se sentasse na cadeira, indagando os demais parlamentares a não aceitarem a presença de Cleide Coutinho. No entanto, para Almeida, a situação poderia ter sido resolvida internamente entre os líderes.

Carta de independência

Para além de uma cadeira de praia, a contenda do mandato coletivo iniciou outra confusão de proporções ainda maiores: o atrito entre dois Poderes Legislativos: o de Salvador e o da Bahia. Vereadores receberam com indignação falas das deputadas estaduais componentes da Comissão da Mulher na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em reunião na semana passada, as parlamentares receberam Laina, que apontou mais uma vez ter sido vítima de violência política. 

Almeida, ao tomar conhecimento do ocorrido, leu uma carta dos líderes pregando independência entre as casas legislativas. "A carta teve anuência da mesa diretora com o entendimento de que respeitamos a Assembleia Legislativa, assim como eles nos respeitam. É uma via de mão dupla. Não é função da AL-BA fiscalizar a Câmera de Vereadores, a assembleia tem muito mais para se preocupar do que com o regimento interno da Câmara", afirmou.

Assista ao programa na íntegra: