O presidente Michel Temer (PMDB) planeja uma minirreforma ministerial em fevereiro de 2017 para reacomodar sua base aliada e contornar insatisfações, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (15).
Além de substituir nomes que possam deixar o governo federal até o início do ano que vem por causa do conteúdo de delações premiadas de executivos da Odebrecht, a intenção é contemplar partidos da base aliada com mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
A estratégia é evitar que siglas governistas abandonem a tropa de choque no Congresso Nacional diante de turbulências geradas na política pela revelação de novas denúncias de irregularidades, sobretudo no momento em que legendas de oposição se articulam.
Para evitar retaliações do “centrão”, principalmente no momento em que é discutida a Reforma Previdenciária, o presidente pretende ainda deixar para fevereiro, durante a minirreforma presidencial, a nomeação do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo.
Temer avalia ainda mudanças nos comandos de ministérios como Trabalho, Saúde e Meio Ambiente. A ideia, segundo a reportagem, é que a pasta do Meio Ambiente seja oferecida a siglas que ainda estejam na base aliada, como o PSB. No caso de Trabalho e Saúde, o governo federal discute manter as pastas sob o comando do “centrão”, que reúne cerca de 200 deputados federais.
Reprodução/Bahia.ba